sexta-feira, abril 22, 2005

Untitled - My Dream

One day I had a dream...
It was about being happy...
Loving, and being loved.
It was a dream where I smiled...
Where I hugged, and kissed, and got wild;
Where I lived the perfect life,
Like only dreams could make it be...
And I started wondering
What had come up to me.

I woke up, and the light was dim...
The dark night shined
All the stars within;
But one of them shined more
Than any other could breathe for,
And she smiled and she said...
All my sadness was to end.

So one day I found a dream:
My sadness died,
And my smile forever grew;
And I looked at it and smiled,
For my dream was simply you.

Untitled - Ardo

Ardo...
Sem nunca me apagar;
Consumo-me,
Sem nunca me acabar.

Sou tal tu, Stella;
És aurea, e fazes-me assim,
Sorris,
E ardes em mim...

Pois és tu as brasas
Da minha fogueira;
És tu o vento
Que me faz arder;
És tu que sonhas...
E me fazes sonhar;
És tu que sopras,
E me fazes voar.

Sem ti ardia leve,
Insentido;
De côr plana:
Intingido.

Mas tu tinges-me
Da côr da paixão:
Tinges estas chamas,
Que ardem em meu coração;

Tinges meu sorriso,
Que alegre se produz...
Tinges esta Lua...
E de branca sua luz.

Untitled - Folha Branca

Esta folha branca...
Olho sobre ela:
Vazia.
Fosse ela um espelho...
Cheia,
Penso que a veria.

De que?

Riscos, pintas, manchas?
Palavras em frases estranhas?
Um retrato? Caricatura?
Uma paisagem de verdura?
Interrogo-me e imagino-a...
Desenho-a.
De que côr?
Branca? Lisa?
Pautada... ou quadriculada?
Lisa penso...
Branca... incolor;
Indefinida.
E o que escrevo sobre ela?
Como me veria?
Verei o meu sorriso?
O meu olhar?
Meu coração...
Ou sua forma de amar?
Verei minha paixão:
Chamas em todo o lado?
Ou o incêndio que sou...
Nunca apagado?
Indefinido, sim:
Num incêndio retratado.
Mas consumiria a folha...
Seria cinzas: apagado.
Vejo-me assim:
Paixão indescrita...
Numa folha branca,
Lisa...
Indefinida.